sábado, 11 de novembro de 2023

Davi e Tilak

Chegaram a terceira cidade com o nascer do Sol. A claridade revelou algo impressionante: uma gigantesca fita branca segurava todo o céu ao seu redor. Davi ficou mais confuso ao reparar que as árvores também não tocavam o solo, suas raízes ficavam a poucos palmos do chão. Ficou espantado com tudo aquilo em volta, e o medo em se mover a frente abafou sua fala e o paralisou. 

Tilak já estava bem a frente, não tinha parado de caminhar, já conhecia a Cidade do Ar e aquilo não era mais novidade para ele. Não demorou muito e ele percebeu que Davi estava bem atrás, parado feita uma estátua, de boca aberta a olhar o enorme laço branco segurando a cidade suspensa.
- Davi, vamos, não podemos parar – disse Tilak
- Estou com medo desse chão subir para o céu – respondeu o assustado Davi.
O solo daquela cidade não parecia tão seguro assim. - Vamos, não seja bobo, aqui na Cidade do Ar tudo fica suspenso, menos o chão – Tilak tentava tranquilizar o novo amigo.

“Cidade do Ar”, esse nome fez surgir um sorriso de leve na face de Davi. Enfim estava na terceira e ultima cidade de sua longa caminhada para juntar as três partes do cristal em forma de chave. A chave que abrirá o cadeado da enorme tranca que lhe prende naquele lugar estranho. Tinha tido a sorte de ter encontrado Tilak assim que entrou nesse novo Mundo.

Há 2 dias estava no bosque, perto de sua casa a brincar com seus amiguinhos, saiu a disparada entre as árvores, perdeu o equilibro depois que topou em uma pedra e caiu desacordado. Foi acordado justamente por Tilak. A cor azul de seu corpo e os olhos muitos grandes em um rosto pequeno e fino fez Davi se assustar e tentar bater na estranha criatura a sua frente. Com a metade do tamanho do já pequeno Davi e com apenas 3 dedos longos em cada mão e pé, Tilak assustava a qualquer um naquela ocasião. Então ele abriu a boca e disse: “calma, sou amigo, não quero lhe fazer mal”. Depois de um tempo andando assustado em ziguezague por entre as árvores e ouvindo sempre a voz daquela estranha criatura azul a lhe perseguir, Davi resolveu ceder e parou diante de Tilak e perguntou: "quem é você?"



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Texto escrito originalmente em 2007

sábado, 4 de novembro de 2023

Um dia histórico com o Ferroviário

O texto abaixo foi enviado via e-mail para uma outra pessoa 4 dias após a classificação do Ferroviário para a Série C de 2024, e como citado no final do próprio texto, a mensagem do meio pro fim acabou se transformando como um registro histórico do que tinha vivido e talvez por causa disso resolvi copiá-lo pra cá.

(3 de Setembro de 2023)

"Como te antecipei via instagram, o Ferroviário voltou pra Serie C.
Eu ia te enviar o relato do jogo na segunda-feira, mas aí percebi que você estava voltando pro Brasil, e imaginei que a sua cabeça (e corpo) talvez estivesse virada, tentando achar o tempo certo do tal relógio biológico.
Sabia que isso estava rolando pois eu também estava confuso no tempo e ainda vivendo aquele fim de tarde de Domingo.

Essa partida com certeza foi uma das mais incríveis que já presenciei.
Os 90 minutos foram com cara de decisão. Aquele jogo nervoso e que mostra que o time de melhor campanha nem sempre vai passear pelo time que se classificou com o menor número de pontos.

No estádio estávamos Eu, Pablo, meu sobrinho Renan que sempre vai comigo aos jogos e mais dois primos, torcedores do Ceará, e que foram ver esse tal time do FAC em ação.

O jogo foi tenso desde o início. Alguns lances perigosos dos dois lados. O goleiro deles salvando tudo, repetindo o que fez no primeiro jogo, no Maranhão.

Percebi que eles estavam sempre em busca de acalmar o jogo.
Ferroviário fazia uma boa jogada e de imediato: jogador deles ao chão.
Vale deixar registrado que eles vinham de 2 decisões seguidas de pênaltis.

Nosso zagueiro falhou em um recuo de bola aos 45 do segundo tempo. Entregou a bola pro adversário.
Nosso goleiro teve que derrubar o atacante.
Pênalti.

Sensação de vazio. O tempo da marcação do pênalti até a cobrança levou 1 minuto e meio.
O gol foi aos 46:30.
Fiquei sentado, ombros baixos, olhando pra toda aquela gente no estádio. Por sinal fazia muito tempo que não via tanta gente em jogo do Ferroviário.
A campanha passou pelos meus olhos. Nenhuma derrota. Time muito consciente do que tem que ser feito.
Tudo nos trilhos.

Enquanto pensava nisso, lembrei que em alguns momentos de minha vida pensei em porquê gostar tanto do Ferroviário/Futebol. Sabia que aquilo ia me incomodar por vários e vários dias.
Mas sempre que penso assim, a resposta sempre é a mesma: viver sem ter o que amar é viver sem propósito.

O centro foi batido. A bola circulou. Veio no ataque, voltou. Ficou pressa um pouco na lateral.
Eu tava nervoso demais e sabia que os jogadores também estavam.
Uma sede absurda. Um pingo de saliva em minha boca.
Me levantei, me afastei um pouco dos meninos e me escorei na grade que divide a parte da arquibancada atrás do gol com a arquibancada da lateral.
Muitas crianças no estádio, algumas de colo. O Ferroviário tem uma ação de levar pessoas da comunidade em torno da sede do clube para ver os jogos, fora do PV eu contei uns 10 ônibus.

Surgiu uma falta próximo da área.
A torcida começou a gritar "Eu acredito".
Bola foi em direção ao gol.
Goleiro botou pra escanteio.
Eram 50 minutos do segundo tempo.
O juíz tinha dado 8 de acréscimos.

No escanteio veio o gol do FAC. Bola baixa no primeiro pau, resvalada pra trás, na disputa do atacante com o zagueiro, o zagueiro deles botou a bola pra dentro.
O estádio veio abaixo. Olhei para o juiz que apontava para o centro do campo.
Deixei o corpo ser escorrado pela grade e percebi que tinha que me controlar. Fiquei vibrando, mas contido. Olhei para onde estava Pablo e Renan, os dois se abraçando e cumprimentando alguns desconhecidos.
A comemoração não parava, o tempo passando e parecia que o gol tinha acabado de acontecer. Um mar de gente soltando algo que estava sufocando a todos.
Fui até Pablo, o abracei junto com Renan.

Bola voltou a rolar e a torcida on fire.
A sede foi multiplicada.

Fim de jogo.

Primeiro pênalti deles.
Jogador deu a paradinha e gol. Eu sabia que era contra as regras, mas não sabia que o pênalti seria anulado.
Fizemos o nosso.
Segundo pênalti deles, o nosso goleiro pegou.
Fizemos o nosso segundo.
Terceiro pênalti deles, nosso goleiro pegou.

Parecia irreal.
Depois eu percebi que todos os pênaltis, tirando o da paradinha, foram do lado direito dos goleiros, o nosso pulou sempre para o lado certo.

Resolvi filmar o nosso terceiro pênalti, teria que guardar de todas as formas aquele momento.
Gol.

A partir dali foi só alegria, saímos do estádio e lá fora nos encontramos com a charanga e o carnaval fora de época foi formado. Fomos atrás da banda acompanhando o trajeto até chegar ao carro.
Lá enviei mensagem para Adelana, grupo da família por parte de Pai (onde muitos são Ferroviário devido o meu Avô, que jogou no time na década de 40) e pra você.

Agora vamos enfrentar o Caxias na semifinal (que por sinal o jogo é hoje, dia 7 de setembro), mas a partir de agora tudo o que vier é lucro.

A mensagem ficou muito longa... rs... Mas do meio pro fim percebi que o registro deveria ser feito e é como se estivesse escrevendo pra mim mesmo.

Abraço meu querido, tudo de bom.
E bom retorno ao nosso fuso horário.


Abaixo vídeo com os gols e pênaltis:
(1) [Série D '23] Quartas | Ferroviário (3) 1 X 1 (0) Maranhão | Narr.: Antero Neto | TV ARTILHEIRO - YouTube "



sexta-feira, 27 de março de 2020

Tempos de covid-19

Hoje saí do confinamento.
Ao acordar me veio a sensação de liberdade, sentimento comum em um Domingo, porém hoje é diferente. Hoje é o dia do retorno do futebol.
Durante a manhã e início da tarde me ocupei revendo gols do início do campeonato, quando o vírus ainda não tinha chegado por aqui. Li notícias do adversário daquela tarde, fiquei feliz ao ver que eles vão com um grande desfalque para a partida. Essa é do tipo de partida que ninguém quer deixar de ir, não é uma final, mas carrega algo histórico nela. Imagino a empolgação dos jogadores, a euforia do agitador da torcida organizada, o velhinho que enfim vai poder botar a cara na rua e rever os seus.

Chegou a hora de ir para o estádio.
Antes de partir, amarro o bastão da bandeira no canto da janela do carro. Saio devagar e fico a observar a bandeira a tremular ao alto. Vermelho, preto e branco invadindo as ruas ainda com poucas pessoas. É estranho, mas tudo segue fechado, não vejo ninguém nas ruas. Tudo estava deserto demais, mesmo para um domingo a tarde.

Saio das ruas do bairro e chego na avenida, 3 faixas disponíveis para mim. nenhum carro a frente, nenhum atrás. Acelero e a velocidade vai além do permitido, olho pra cima pela janela e tenho uma das mais belas vistas daquele dia, a bandeira balançando incansavelmente, o som que ela proporciona com o vento a soprar forte, as cores corais vivas! Após dias recluso, estava desfrutando de algo sublime. O vento em meu rosto me faz fechar os olhos por breves segundos, jogo um braço para fora, me transformo no Super-Homem e desfruto da dádiva de poder voar. O vento forte agora corre por todo meu corpo, me proporcionando algo que há dias não sentia: um abraço.

O semáforo a frente está vermelho. Paro, aproveito para sintonizar alguma rádio AM para ouvir a escalação do time. Fico desapontado ao perceber que nenhuma está falando sobre o jogo, as informações ainda são sobre o COVID-19.

Dobro à esquerda e chego a rua do estádio. Coração já começa a bater mais forte. Sinto falta dos carros parados próximo ao local, sinto falta da torcida. Algo está errado.
Aos arredores do estádio vejo alguns caminhões, pessoas com chapéu de proteção, daqueles usados durante grandes construções. A entrada está liberada, por sinal as roletas estão recolhidas, nada impede a entrada do PV ou policiais por perto. Paro o carro, as bilheterias estão fechadas.
Será que errei o dia do jogo?

Passo direto pela entrada, sem ninguém a me incomodar, sigo rápido em direção ao acesso das arquibancadas. Algo definitivamente não estava certo.
Estou de frente ao campo. Fico paralisado com a visão que tenho ao avistar o gramado, uma grande tenda metálica está armada. O vai e vem de pessoas aqui dentro é bem maior, porém são funcionários da construção que segue no centro do campo. Olho por toda a arquibancada e não vejo nenhum torcedor, claro.

O que houve?
Estou com medo.

Acordo. Era um sonho. Era um sonho que se transformou em pesadelo. Ou melhor, revivi algo no início do dia que talvez tenha deixado de dar bola com o passar dos anos e dei de cara com a atual realidade.
Me vi parado olhando o teto do meu quarto por um tempo, angústia… mudei o olhar, passei a vista por todo o quarto até chegar ao poster do Campeão Brasileiro da Série D de 2018, e aquilo me fez acreditar em dias melhores.

Temos que acreditar.

sábado, 27 de agosto de 2011

O caminho para o sorriso

O caminho mostra suas curvas vez por outra, as ondulações e cascalhos no piso dificultam e desacelera o nosso percurso. Não quero LembrarPensarExaltarConversarSeguir a ti apenas quando sou jogado um pouco fora da pista. Sou culpado por isso acontecer ou provavelmente não. Não. Não. Não. Repete-se a palavra, assim como meu comportamento, se repete e não se renova.


O sorriso dele é o meu. Agradeço-te por isso, a alegria é incalculável, perfeita. Divina. O sorriso meu diferente... a pista ficou curvilínea e nela vi que está faltando algo. Ou melhor: acho que está faltando.


Agradeço-te.


Desculpa-me.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Língua

A sensação que ela gosta de me proporcionar. Gosto disso, dessa quase brincadeira de esconde-esconde entre nós dois... mal a vejo, mas sei que ela está lá, me dizendo o que é bom, o que não devo provar, além de uma troca quase incansável com espécie similar.

Brinco com ela, a mordo, a enrosco e remexo.

E repetindo, ela me diz o que é bom e o que ruim. Gosto quando estamos com algo bom, principalmente quando se trata de algo ‘maravilhoso’. Incansável. Suave. Vibrante.
A passo entre os dentes e vejo que há algo faltando... melhor assim, antes existia algo que a incomodava. As manhãs, tardes, noites e madrugadas se resumiam a uma dor que não chegaria a lugar algum. Hoje há uma brecha ali... mas isso é o de menos e nem de longe é o que interessa e o porquê desse texto existir, mas sim o gosto teu que fica nela.

terça-feira, 19 de abril de 2011

(M)eu, filho.

Às vezes finjo que estou fazendo algo e escondido olho por cima do ombro para ver meu filho a brincar. Sozinho, inventando histórias com seus brinquedos, construindo do chão - que um dia brinquei feito criança - em cidades, muros e castelos gigantescos. É lindo, mágico. É quase surreal – para não dizer ‘sem palavras’ – a rotineira cena das brincadeiras, a mente a todo vapor, nem sempre mostrando algo lógico, mas isso é realmente o que menos importa. De tempos em tempos a minha voz tem que intervir em algo que não cabe, e lembro-me da voz de minha Mãe que vinha do andar debaixo quando, sem ter noção, ‘tentava’ derrubar a casa.

Ele para, olha pra mim, pergunta o por que do corte em minha perna, o digo que foi em uma partida de futebol e ele me mostra uma mancha em seu joelho, e diz que também foi quando estava jogando. Manchas no joelho... também as tenho, fruto não só de jogos de futebol, mas de quedas de bicicleta, algumas que doem até quando eu me lembro – e escuto as vaias de quem me viu a cair e ao invés de ajudar, apontou o dedo em gargalhadas. Espero que a arte de fazer uma simples curva não se transforme em problemas para ele, assim como eu enfrentei quando estava a aprender a andar sobre duas rodas.

Torço bastante para as memórias infantis que ele há de levar durante a sua vida, sejam alegres, como as que eu tenho. Meu filho que tanto amo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Segunda chance

Enfim sós. Como há muito tempo não estavam. O lugar não era o mesmo de antigamente, mas isso nem importava, o que valia realmente eram as quatro paredes os separando do mundo. Estranho, mas apesar de tudo que já haviam passados juntos, a imagem que ele sempre tinha dela era a das mais porcas, quando a viu agachada a jogar tudo o que havia consumido durante a noite, jogando também um fedor absurdo. Comida misturado à bebida barata. Os olhos caídos, a parte da roupa no chão e a que ainda a cobria totalmente molhada, suja. A lembrança não era só essa... haviam também os dois sentados, em meio a todos que estavam em pé, e apesar da barreira humana, apesar daquelas pernas inquietas, dava sim para enxergar o horizonte, mesmo que escuro.

A pergunta que surgiu nela quando estavam mais uma vez juntos foi: ‘e se naquela ocasião ele tivesse se entregado também?’ – a vista já não estava boa, quando se recorda daquela noite não a visualiza totalmente em cores perfeitas, há sempre uma mancha, um esquecimento, algo que se perdeu ou que nunca existiu em sua memória. Ela apenas sabe que se jogou, ultrapassou o medo ainda infantil que a acorrentava, e ele, que vivia a cem por hora, querendo viver perigosamente em roletas russas, enfim parou ao ver o sinal vermelho, bem antes da faixa de pedestres. A pergunta a martelava! Martelava! O que teria sido de nós? O mesmo que aconteceu e nos afastou? Ou simplesmente... ‘acho que ele ali não me viu ou que talvez agisse como o homem que sempre achei que ele foi. E nunca um covarde’ – e agora eles estavam ali, mais uma vez frente a frente, haviam vividos tantas coisas desde aquele ultimo encontro, idéias diferentes, o álcool que ainda era ingerido, mas não saia mais da mesma forma, mas sim em formas de gargalhadas e palavras desconexas. Mas o sorriso...bem, ali ainda era o mesmo, em ambos. Existia ainda claramente o ar adolescente de rir de qualquer coisa. Mais uma vez estavam juntos e os dois sabiam que uma segunda chance é privilégio para poucos. Se abraçaram, se beijaram, se excitaram, perceberam que a química ainda funcionava perfeitamente entre ambos. Ficaram assim por um bom tempo. Deitaram na cama, ela de costas pra ele, mas bem juntos e abraçados ainda. As pernas que se multiplicaram, mas mesmo assim ocupavam o espaço de duas.

Os abraços não eram fortes, assim como o sentido já não respondia corretamente a coisas lógicas e aceitáveis. Ficaram assim até perder totalmente o juízo. E dormiram.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Atende o celular!

Depois de muito tempo atendendo o celular que fora esquecido pelo amigo no trabalho e não tendo resposta, o sujeito muito P da vida diz: “ah, vou atender mais não, ninguém fala nada” – eis que olho pra ele e digo: “quando tocar novamente, olha se aparece o nome de quem está ligando, qualquer coisa tu liga de volta”.
Ele vira pra mim e diz: “é o soneca”:)

“soneca” no celular é = a ‘Alarme’.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não interessa o que seja, se o amor – ou ’simplesmente’ idolatração – é por A ou B, por um artista ou uma coleção de latas de diferentes lugares do mundo, de tão incrível que é uma paixão por algo ou alguém, às vezes contagia tanto, que chega a adquirir novos adeptos para a causa.
É inevitável a velha questão do gosto, às vezes demonstrações de amor por uma banda, por exemplo, é rotulada definitiva como uma má feitoria, uma tremenda perda de tempo. “isso nunca foi e nunca será música, será que eles não conhecem o ‘fulano de tal’?” – é fácil ouvir/ler declarações iguais a esta. A questão é: para o fã, aquele som ‘horrível’, não é o que o faz arrepiar quando escuta??? - Se sim, enjoy it!

Para quem ta ‘de fora’, presenciando a situação de estar 24/48 horas em uma fila pra ver um show musical ou uma partida de futebol, é o fim da picada. Mas aquele momento, por muitas vezes embaixo de muito sol ou chuva, chega a ser sublime, além de ser o momento em que ele bate literalmente nas portas da esperança, é também uma ótima oportunidade para trocar figurinhas com outros amantes do mesmo assunto.

Outro dia vi um vídeo de uma turma que esperava a chegada do cantor Eddie Vedder, da banda Pearl Jam, para um simples aperto de mãos. Achei bárbaro todo o desenrolar do vídeo, a duvida da turma se ele viria até eles ou não, o nervosismo nos suspiros quando ele caminhava em direção a eles, o silêncio em forma de ‘nice to meet you’ e ‘Thank you’ e a explosão de alegria quando o Eddie vira as costas e todos passam a se abraçar e a sorrir como crianças. Gosto da banda, todos sabem disso, mas com certeza isso deve acontecer em tantos outros quintais, sejam eles musicais, esportivos ou tantos outros mais.

Abaixo o vídeo em questão;


"I can die"

sábado, 26 de março de 2011

Volta. Recupera.

Tira. Volta. Muda. Renova. Coloca em ti o que há de melhor em mim. E vice versa.
As teias de aranha aparecem quando você deixa de olhar para aquele objeto ou lugar. Limpe. Cuide. Trate. Depois espere por novas teias mais a frente.

A vista é diferente, principalmente o que há sobre nossas cabeças, com um mundo branco de alegrias e a certeza do caminho certo. O leito, quando seguro, funciona em qualquer lugar ou endereço, apesar da sensação de estar tudo jogado. Algumas respostas vêm com o tempo, assim como a calma, certezas e alegrias.

Incrível como às vezes paramos de olhar para algo ou alguma coisa, esquecemos um pouco daquilo que um dia cativamos ao extremo. Sem perceber ou motivo concreto – mas sempre há o motivo – colocamos de novo aquela aliança no dedo da mão esquerda e é a partir dali que entendemos que nunca teria ter saído. Bem vindo de volta Pérola Sanduíche!

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